Tenho
reticências sobre esta afirmação. Seria então negar o currículo
oculto?! Será? Conforme revela Perrenoud (2005), “a abordagem a partir
do currículo real e da experiência de vida tem consequências enormes
quanto ao papel do professor”, pois, “se ensinamos o ‘que somos’,
segundo uma fórmula que convém tanto à educação quanto à sociedade, o
primeiro recurso da escola seria o grau de cidadania dos professores”.
Se é nas interações (conforme o pensamento Vygotskyano) que travamos a
nossa aprendizagem. Como então entender que o aluno é pura simplesmente
um objeto de depósito de conteúdos programáticos? Então, seria também
uma contradição da educação humanitária que nos põe a pensar o nosso
Patrono da educação brasileira, o Mestre, pensador da educação, Paulo
Freire. Por todo esse caminho, não há como não intervir nos
comportamentos, valores, princípios... Inclusive há Escolas que de tão
"classistas" fazem com que o aluno sinta vergonha de suas origens, tal é
a valorização dada a uma determinada cultura considerada de sucesso
pela mídia. Consigo imaginar que a formação é de responsabilidade conjunta. Pais e educadores estão na parceria desde a matrícula onde há a escolha de um determinado Projeto Pedagógico que embasa a funcionalidade educacional até a sua vida no cotidiano escolar. Sim. Muitas escolas constroem o seu Projeto com a devida consciência e de fato executam o que registraram no documento. Outras, sem a devida preparação, assimilam documentos alheios considerando por vezes a moda da vez em detrimento das discussões necessárias entre todos os membros representativos do Currículo Escolar.
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