Itabaiana querida!
Olha você aí com mais um ano de
vida! Uma vida que nos ares da Serra imponente distribui um clima gostoso de
montanha proporcionando um bem estar aos seus habitantes.
Todo ano venho lhe dizer algo como
uma forma de presenteá-la. Acho que não preciso lhe dizer que meu amor por você
é do tamanho de meu esforço por lhe ver linda, feliz e cada vez mais
desenvolvida. Tal como a natureza, seu povo também ajuda na sua composição de
terra grandiosa. É pelo trabalho, pela inteligência, pela persistência, que
seus filhos executam a orquestra do desenvolvimento. A labuta dos homens
simples na disciplina do cotidiano, a busca pelo conhecimento de seus jovens, a
fé inabalável de sua gente, a vontade de acontecer, são amostras significativas
que lhe dá a condição de referência, que lhe transforma em um Município
importante para o estado de Sergipe.
Hoje não quero lembrar o que lhe
causa dor. Não é dia de chorar. Ao contrário, é dia de festa!
E quando assim me refiro, não é da festa
de rua, dos sons de trios, dos enfeites, dos folguedos populares ou de outras
manifestações culturais de seu povo.
Sua identidade talvez esteja
abalada pelo esquecimento, pela falta de uma melhor condução de sua vida, pela
ausência de valorização de sua história, pelo desafeto para com aqueles mais
necessitados.
Estou me referindo à festa
interior que todo ano, cada um de nós itabaianenses sentimos quando chega o dia
28 de Agosto. É sempre a mesma emoção. É como se voltássemos ao passado e
revivêssemos nos primórdios de nossos ancestrais. É involuntariamente um aperto
de saudade dos que aqui viveram e hoje não mais se encontram entre nós.
E, entre todas as belezas mais
exaltadas, em sua festa não pode faltar: a música herdada de geniais
instrumentistas, compositores e maestros de outros tempos; a expressão de
sentimento publicada por seus abnegados intelectuais, em prosa e versos; a
fartura de sua feira livre, pela colheita de sua lavoura de subsistência; a
pujança de seu comércio, que movimenta toda economia de uma região; a coragem
de seus caminhoneiros que desbravam
estradas pelo Brasil a fora; o bairrismo de seus filhos em saber-se ceboleiros; a
busca o pela vitória no tremular tricolor
em dia de jogos; e, a festa de nós,
seus súditos, que conserva a pureza de seu povo!
Itabaiana Grande!
Você é cantada e decantada
pelos poetas de todos os tempos. Você é grande por natureza! Assim como o amor de
seus filhos por você. E eu, que por vezes sonho, e que também realizo, posso então lhe dizer: Itabaiana, como é
grande o meu amor por você!
O
aniversário é seu e a alegria é nossa!