Tempos modernos?
Tereza Cristina
Uma sociedade que não internaliza
valores de civilização que assegurem a convivência harmônica entre todos está fadada
ao retrocesso. Falta-lhe o espírito humano e a sensibilidade do Ser. Poderá até
progredir economicamente, mas sucumbirá espiritualmente.
A organização social compreende
interrelações humanas que são permeadas de crenças e expressões de pensamentos.
Tudo ocorre em construção que necessita de espaço e de tempo e se dá pela
assimilação, compreensão e aplicação do conhecimento historicamente acumulado. Cada
contexto retrata nos indivíduos sua forma de compreensão de vida, de mundo.
O descaso histórico de políticas públicas
nos aspectos educacionais fortalece nas pessoas atitudes grosseiras e animalescas
que se tornam hábitos e costumes considerados naturais. Exceção será o modo
educado de conduzir o comportamento dos que, se baseando no respeito ao
próximo, demonstre uma atitude solidária sem que para isso esteja participando
de alguma campanha filantrópica de cunho religioso ou social.
Há, portanto, uma inversão de
conceitos do 'certo' e do 'errado' que se estabelece na medida em que as mentes
vão se solidificando e, como consequência pouco a pouco se atrofiam condensando
sua própria visibilidade até que, de tão pesadas, não se sustentam mais em suas
próprias cabeças, necessitando assim, de ideias alheias para sua devida
manipulação.
Diante disso, entendemos que
situações desfavoráveis à humanização transformam o homem em objeto e coisifica
seu estar no mundo favorecendo assim a alienação do homem enquanto Ser.
Tais observações parecem nos servir
como análise do comportamento social dos cidadãos. E, a tentativa de
questionamentos sobre a aceitação dessa desumanização provoca em nós uma
reflexão sobre a condução que estamos dando à nossa sociedade no tocante à
preservação de princípios norteadores de condutas humanas.
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