quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Dedo de Prosa




Um dedo de prosa com a poesia
Tereza Cristina
Aqui, comigo mesma, experimentando sentimentos universais, converso com os meus botões e não me permito estar sozinha.  Recordo situações que vivi e, de tão gratificantes, ficaram cá dentro de mim... Agora elas surgem como acordes musicais me dando a chance de saborear lindas melodias e na dança da vida, ensaiar novamente passos sincrônicos.
Desde que outros passos aumentaram a velocidade, meus pés não puderam alcançar mais os seus. E, nos rastros deixados por eles, ficaram anotações das coisas do coração. São lembranças vivas que insistem em permanecer na minha memória afetiva tramando um eternizar do sentimento. Lembranças que de tão claras se confundem com a vida presente e se fazem um presente que a vida me dá. Essas lembranças me servem para guardar momentos como que buscando preencher o vazio deixado pela sua ausência.  Foi então que conheci o poder do monólogo. E a partir daí, nunca mais a solidão me apavora.
Nos caminhos da vida, cruzamos com pessoas que aprendemos a amar. Mas, elas nem sempre seguem os trilhos que nós escolhemos. No entanto, suas imagens gravadas em nossa alma nos fazem sentir acompanhados ainda que as distintas direções não tenham permitido as suas companhias. É desse modo que aprendemos a superar a dor da separação daqueles que amamos.
Porém, a separação nem sempre é definitiva aos nossos olhos. Como a vida é uma roda, em círculos andamos. E, se uns passos aceleram a velocidade por isso mesmo podem muito bem reencontrar os que não tiveram pressa alguma.

2 comentários:

Unknown disse...

Quando trabalhada em reflexão perene a alma fica mais valiosa. Bela manifestação do ser.

Tereza Cristina disse...

Meu caro amigo, Jackson! Palavras ditas por quem sabe o devido alcance delas são alimento para a vida! Grata!