quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Meus Sessenta

                                                    "09 de fevereiro de 2018"                                                                       
Aos três anos de idade

                                                  



Meus sessenta anos de vida!
Tereza Cristina
Então, virando a página dos cinquenta, encontro-me tão incompleta e tão criança quanto aos três anos de idade. De década em década, venho buscando um alvo que me faça Ser e encontrei em todos os momentos que amei o melhor jeito de viver. Mesmo naqueles em que o engano foi a causa da decepção. Mesmo quando o meu amor não surpreendeu e nem foi suficiente. Mesmo quando alimentei dentro de mim a esperança de um amor que nem amor foi... Mesmo em situações que o descaso não deixou visível o amor. Mesmo quando os caminhos cruzados se distanciaram sem nenhuma explicação. Mesmo quando, com todo amor, a insegurança não permitiu sua sobrevivência... Em todos os momentos que amei, mesmo que não tenha sido compreendida, que não pareceu ter valido a pena, valeu!
E se me refiro ao amor, amplio a compreensão para as minhas escolhas. Todas. Desde as pessoas aos afazeres. Em tudo, adotei o afeto como premissa. Cada coisa que me envolvi foi de corpo e alma. Não deixei que espaço nenhum na minha vida ficasse vazio desse sentimento. Muitas vezes pela dedicação exagerada, pela ausência de racionalidade, me debrucei na imensidão do amor e nela me esqueci de mim. E ninguém que de si se esquece, obtém êxito. O êxito vem do amor próprio. Mas, se pelas horas entregues com amor é que por vezes me esqueci de mim, ao mesmo tempo, foi o amor que nunca saiu de mim que me fez superar tudo. E conclui que não basta o amor sem amor. Cada momento requer envolvimento total. Que tenho que amar no amor e dele nada esperar.
E, se até aqui a vida me deu respostas severas, é o amor que tem me ajudado a aprender com todas elas. Lições importantes como ter que me desprender de cobranças. Lições de amor que me dão paciência necessária a seguir mesmo sem juventude. Lições fundamentais que clareiam minha mente sobre as cobranças do mundo e principalmente, as minhas próprias cobranças. Amar a mim mesmo é uma lição a aprender. Gostar de minha companhia e nela crescer para melhor amar as pessoas e tudo que for construir. Atitudes de perdão, de caridade, de serenidade, de humildade deverão permear meus passos, doravante. Buscarei a vida com um amor mais maduro. Terei um amor maduro. Serei um amor maduro. Ajudarei a mim mesma a superar crises deixando que mesmo nessa maturidade nunca falte a inocência e a alegria da infância de minha vida.
Bem vindos, Sessenta anos! Mas, de antemão  lhe aviso: não espere de mim uma mulher madura. Tenho ainda a criança saltitante que se esqueceu de envelhecer. Esta criança me dá a condição de amar para além de outras muitas décadas.
Virão outros bons (ou não tão bons) momentos. E é esta criança que vive dentro de mim aos sessenta anos de idade que me dará a força capaz de viver pelo amor e com amor!







3 comentários:

Unknown disse...

Tereza Cristina
muito lindo este caminho que você vem percorrendo espalhando luz aos que tem a felicidade de encontrá-la neste percurso chamado VIDA. Continue esta profícua caminhada...

Tereza Cristina disse...

Professora Adélia! Querida Mestra que levantou a autoestima de uma turma inteira em um momento que precisávamos.... Como não percorrer tal caminho se uma das lições de amor fora em suas aulas que aprendi?!... Sou muito grata e orgulhosa de ter sido sua aluna.
Abração!

aaaaaaaaaaa disse...

😘❤️👏🏼👏🏼👏🏼