Dores
silenciadas
(Tereza Cristina)
(Tereza Cristina)
- Para que servem tantas dores?
O silêncio fez um barulho
E não quis me responder.
Foi então que descobri:as dores não são iguais.
Há dores constantes
que nos ensinam a gemer.
Outras, são religião
e nos fazem meditar.
e nos fazem meditar.
Há dores que doem por dentro
num alvoroço profundo
num alvoroço profundo
que velam pelas ausências
e
somem nas curvas do tempo.
São dores silenciadas
que não se pode comungar.
que não se pode comungar.
São metamorfoses da alma.
São dores que envelhecem conosco
E aos poucos se fragilizam
como esquecidas do mundo
como esquecidas do mundo
viram histórias de vida.
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