quarta-feira, 27 de dezembro de 2017


Dores silenciadas
(Tereza Cristina)

Perguntei ao silêncio outro dia:
- Para que servem tantas dores?
O silêncio fez um barulho
E não quis me responder.
Foi então que descobri:
 as dores não são iguais.

Há dores constantes
que nos ensinam a gemer.

Outras, são religião
e nos fazem meditar.

Há dores que doem por dentro
num alvoroço profundo
que velam pelas ausências
e  somem nas curvas do tempo.

São dores silenciadas
que não se pode comungar.
São metamorfoses da alma.

São dores que envelhecem conosco
E aos poucos se fragilizam
como esquecidas do mundo
viram histórias de vida.






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