quinta-feira, 22 de março de 2018

Sonhando acordada

Então eu me vi ali... Cada canto estava cheio de lembranças. E tudo parecia estar esperando. A luminosidade favorecia as cores e as formas. Como por encanto me vi na moldura do centro da sala. Imaginei a estação do inverno e senti frio. Mas, era apenas o vazio cheio de saudades. Um cenário familiar. Nele, havia uma  história revelada na disposição dos objetos que enfrentando o tempo, resistia aos sentimentos como quem temia mudanças. A leveza do espaço transmitia uma harmonia. Uma música num tom suave instigava a todos tecendo os assuntos na sua diversidade e garantia uma conversa agradável. Naquele clima de empolgação, a estética se constituía em  um belo quadro que visto por inteiro,  transmitia um momento de vida. Foi então que me peguei em prantos. E as lágrimas que escorriam em meu rosto limpavam as ilusões e me traziam de volta à minha realidade. Saltei do sono para o bocejo. Levantei e caminhei em direção à janela com cortinas empoeiradas que me fizeram espirrar. Ainda sonolenta, acordei antes de saber mais para poder aqui contar. 
Que sonho!

(Tereza Cristina)

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